A coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD) ganhou à tangente as eleições lesgilativas antecipadas de domingo, em Portugal, que tiveram como grandes vencedores o Chega (extrema-direita) e o Livre (esquerda) e o Partido Socialista (PS) como principal derrotado.
A AD, liderada por Luís Montenegro e que junta o PSD, CDS-PP e PPM, elegeu, segundo os resultados preliminares, 79 deputados, vencendo o PS (77), faltando ainda atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração.
O partido da extrema-direita, Chega, ultrapassou as previsões mais otimistas, conquistando mais de um milhão de votos e 18,06%, quadruplicando o seu grupo parlamentar, que passa de 12 para 48 dos 230 deputados da Assembleia da República. À esquerda, o Livre foi outro dos vencedores da noite eleitoral, passando de um para quatro deputados.
Com a derrota do PS, de Pedro Nuno Santos, os socialistas governam agora em quatro dos 27 Estados-membros.
A imprensa europeia em Bruxelas destaca hoje a ascensão da extrema-direita em Portugal nas eleições legislativas de domingo, com “nova vaga dos populistas”, apontando que a viragem à direita é feita com instabilidade parlamentar.
Um inquérito do grupo de reflexão ECFR apontou, em janeiro, para uma forte subida de partidos poulistas radicais de direita, com os de centro-esquerda e os ecologistas a perderem fôlego nas eleições europeias de 06 a 09 de junho.
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