A ministra do Ambiente e Energia reconheceu hoje falta de paridade na próxima Comissão Europeia e que é “um retrocesso” em comparação com o anterior executivo de Ursula von der Leyen, culpabilizando os Estados-membros.
Questionada sobre os nomes apresentados para constituir a próxima Comissão Europeia, Maria da Graça Carvalho, antiga eurodeputada, reconheceu que “há mesmo um retrocesso” no que diz respeito à igualdade de género.
Mas a culpa é dos Estados-membros, advertiu, já que são os países do bloco comunitário que escolhem os candidatos a comissário.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tinha solicitado a todos os Estados-membros a apresentação de dois nomes: um homem e uma mulher.
Mas a maior parte dos países, incluindo Portugal, ignorou o pedido e avançou com apenas um nome.
Contudo, enquanto Portugal escolheu a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, a maior parte dos Estados-membros avançou com nomes de homens.
“Isto é uma luta e é uma luta que tem de continuar […], se compararmos com a anterior Comissão, os factos não deixam dúvidas, mas a última palavra na nomeação é dos Estados-membros.”
“Eu tenho muita tendência, geralmente, para lembrar-me de nomes de mulheres, mas os meus colegas se calhar não, lembram-se mais de nomes de homens e, portanto, é necessário encontrar um ponto de massa crítica para depois ser natural” a paridade, completou a governante.
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