O primeiro-ministro demissionário de Portugal, António Costa, defendeu no útltimo sábado que a União Europeia (UE) está “debaixo de fogo populista” e apelou a todos os socialistas para combaterem a extrema-direita “atacando as suas causas profundas”.
“A UE está hoje debaixo de fogo populista. A nossa principal tarefa, enquanto socialistas e democratas, é combater o populismo atacando as suas causas profundas”, disse António Costa, na abertura do congresso do Partido Socialista Europeu (PES), em Roma, Itália, que se realizou no último sábado.
O ex-secretário-geral do PS de Portugal acrescentou que a extrema-direita “é alimentada pelo medo” e apresentou como solução criar uma “Europa social, democrática e sustentável”.
“Devemos dar aos nossos cidadãos confiança e a certeza de que vamos construir a Europa que queremos. Vamos fazê-lo”, completou António Costa, que participou no congresso do PES pela última vez enquanto primeiro-ministro.
Ao longo da sua intervenção, o primeiro-ministro socialista insistiu na ideia de “transformar ameaças em oportunidades”, nomeadamente nas transições ecológica, digital e na mobilidade, mas sempre com um “pilar social forte”.
“Infelizmente, os desafios globais precisam de respostas globais, mais uma vez vivemos um momento que nos define e por imperativo moral, por razões geopolíticas e também para assegurar uma paz duradoura na Europa, precisamos de nos comprometer com um alargamento à Ucrânia, à Moldova, à Geórgia e aos Balcãs Ocidentais.”
António Costa, primeiro-ministro socialista de Portugal
O antigo líder socialista voltou a referir que o alargamento que esse alargamento tem de ser feito com uma reforma das instituições europeias e do quadro orçamental atual da UE.
A União Europeia, continuou, “foi criada dos destroços da Segunda Guerra Mundial, cresceu das ruínas do Muro de Berlim, aprendeu as lições da crise do euro e com a pandemia”.
“Em cada um destes momentos conseguimos forjar a nossa unidade”, completou, apelando a que um novo esforço para vencer os populismos, ajudar a Ucrânia a vencer o conflito com a Rússia e acabar as reformas que já estão em curso nos 27.
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