A ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e o Porto foi um dos 134 projetos selecionados pela Comissão Europeia para financiamento pelo Mecanismo Interligar a Europa (MIE), num total de sete mil milhões de euros.
Segundo anunciou na quarta-feira o executivo comunitário, dos 134 projetos escolhidos para receber subvenções do MIE, o programa da União Europeia (UE) para investimento em infraestruturas de transportes, cinco são em Portugal, com um financiamento estimado em mais de 900 mil euros, um dos quais nacional, sendo os restantes projetos plurinacionais com participação de uma entidade nacional.
O projeto português, segundo um comunicado, é a construção da primeira fase da nova linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto, abrangendo 142 quilómetros de obras ferroviárias e 51 quilómetros de novas ligações em via única, permitindo uma futura ligação ferroviária entre Portugal e Espanha e a redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Segundo informação da Infraestruturas de Portugal, a linha de alta velocidade entre as Estações de Porto-Campanhã e Lisboa-Oriente terá uma extensão de aproximadamente 290 quilómetros, de via dupla bitola ibérica, e irá assegurar um tempo de viagem direto entre as duas cidades de uma hora e 15 minutos e um aumento bastante significativo da capacidade ferroviária neste eixo, tendo 2030 como prazo de conclusão.
Mais de 80% do financiamento total da UE será destinado a projetos que concretizam os objetivos climáticos do bloco, melhorando e modernizando a rede de caminhos de ferro (que recebem cerca de 80% dos sete mil milhões de euros), vias navegáveis interiores e rotas marítimas da UE ao longo da rede transeuropeia de transportes (RTE-T).
Os 134 projetos foram selecionados de um total de 408 candidaturas apresentadas no âmbito do convite à apresentação de propostas, que terminou em 18 de janeiro de 2024, e as verbas da UE assumirão a forma de subvenções, que serão utilizadas para cofinanciar os custos totais dos projetos.
A responsabilidade editorial da publicação cabe à Lusa.