O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje que Portugal está a “trabalhar em várias frentes” para reforçar o apoio à Ucrânia, falando num “empenho reforçado”, mas sem novos anúncios europeus face aos insistentes pedidos ucranianos de defesa aérea.
“O Estado português continua a trabalhar no sentido de disponibilizar ainda mais material militar que possa ajudar a Ucrânia. Estamos a trabalhar em várias frentes sobre essa matéria e estamos a disponibilizar alguma capacidade que existe, nas empresas privadas em Portugal para, por exemplo, em matéria de ‘drones’ [aeronaves não tripuladas], fabricar componentes, que poderiam ajudar muito nesta matéria e, portanto, temos aqui várias frentes em que estamos a trabalhar”, disse Paulo Rangel, no Luxemburgo.
“A grande urgência é o fornecimento de armas e basicamente capacidade aérea e de anti-aérea, essa é a principal. Sabemos que há iniciativa alemã, há a iniciativa checa, há um conjunto de instrumentos […] e eu diria que há um empenho reforçado, mas não diria que há novidades especiais”, acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa, falando em declarações à imprensa portuguesa na sua estreia nas reuniões dos ministros da tutela na UE.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE discutiram hoje os recentes pedidos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que os aliados reforcem o envio de sistemas antiaéreos para o país se proteger dos ataques russos.

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