O comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, sublinhou hoje que Bruxelas tem um quadro orçamental positivo para Portugal, que mantém um excedente nas contas públicas e que o impacto da reforma do IRS se vai notar já este ano.
“De um modo geral, sabemos que temos um quadro orçamental muito positivo para Portugal”, disse o comissário, em conferência de imprensa, em Bruxelas, acrescentando que as previsões económicas da primavera para Portugal estimam “uma alteração do excedente, que era de 1,2% no ano passado, e que cairá para 0,4% este ano e 0,5% em 2025, mas” que continuam a referir-se, “obviamente, a um excedente positivo, o que confirma um bom quadro orçamental para o país”.
Sobre o impacto da reforma do IRS, anunciada pelo Governo, o comissário referiu que este começa já em 2024 e se prolonga até 2025, mas “depende do nível de detalhe e da adoção das projeções orçamentais portuguesas”.
A Comissão Europeia está mais otimista e previu hoje um excedente orçamental de 0,4% este ano, uma décima acima do Governo português, e um rácio da dívida pública de 95,6.
O executivo comunitário melhorou ainda as previsões de crescimento económico de Portugal para 1,7% este ano e 1,9% no próximo, taxas acima da média da zona euro e da UE, impulsionadas pelo consumo privado e pelo investimento.
Por outro lado, Bruxelas manteve a previsão da taxa de inflação em Portugal em 2,3% este ano e 1,9% em 2025 e a de desemprego nos 6,5% e 6,4% respetivamente.
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