BRUXELAS – O primeiro-ministro defendeu hoje que Portugal deve “aproveitar a oportunidade” de contrair empréstimos no âmbito do novo instrumento europeu para defesa e investir mais nesta área devido ao alívio nas apertadas regras orçamentais da União Europeia (UE).
“Evidentemente que Portugal deve aproveitar a oportunidade de poder ter empréstimos e poder ter um mecanismo de flexibilidade para utilização sem colocar em causa a sua trajetória, ou seja, de garantir financiamento em boa condição, e ao mesmo tempo de poder continuar a mostrar um resultado financeiro que o coloca neste momento num dos melhores desempenhos à escala europeia”, disse Luís Montenegro.
Falando no final da cimeira extraordinária dedicada à defesa europeia e ao apoio à Ucrânia, em Bruxelas, o chefe de Governo respondeu afirmativamente a uma questão sobre a possibilidade de recorrer a um instrumento europeu de 150 mil milhões de euros para empréstimos a condições favoráveis ou de ao alívio das apertadas regras orçamentais da UE para investimento em defesa, num acréscimo máximo de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, sem os países incorrerem num procedimento por défice excessivo.
Salientando que Portugal tem uma “situação económica e financeira muito estável”, Luís Montenegro adiantou que “os resultados económicos são uma base” para o país poder recorrer a tais medidas comunitárias.
“A porta não está fechada a partir de hoje, está aberta com estes instrumentos e terá de ser complementada num futuro próximo”, adiantou o primeiro-ministro, que tem vindo a defender uma nova emissão de dívida conjunta para o setor da defesa. Montenegro referiu ainda que Portugal está no terreno em “todas as diligências” que a UE considerar necessárias para assegurar a preservação de uma possível paz na Ucrânia. (06/03/25)
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