O líder do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou hoje o apoio da AD e do Governo ao seu antecessor António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu, se decidir ser candidato.
“É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso”, afirmou.
Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: “Se o dr. António Costa for candidato – e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política – a nossa decisão está tomada”.
É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal farão tudo para que possa ter sucesso
Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal e presidente do PSD, que faz parte do PPE
Montenegro salientou que o PPE “é o vencedor das eleições a nível dos 27 Estados-membros da União Europeia”, pelo que “é expectável que principais famílias políticas europeias” possam acertar a distribuição dos cargos mais relevantes das instituições europeias.
“É expectável que a presidência da Comissão Europeia seja da força política mais representativa, o PPE”, disse.
Sobre António Costa, o também primeiro-ministro disse que decidiu fazer no domingo este anúncio do apoio do Governo português para “não quebrar um tabu”.
“Mas o próprio, muitos dos meus colegas chefes do Governo do Estados-membros da União Europeia e todos os meus colegas do PPE já sabem disto mesmo antes de eu ser primeiro-ministro”, disse.
Questionado sobre os resultados do Chega – que caiu em relação às últimas legislativas – e a vitória da extrema-direita em França, o primeiro-ministro disse ter visto “com apreensão” o crescimento de forças políticas extremistas “em vários Estados-membros da União Europeia”.
“Posso também, nesta ocasião, cumprimentar o povo português por continuar a ser na Europa um referencial de moderação, um referencial dos valores fundadores da EU, mesmo com a dificuldade que é atingirmos muitas vezes o consenso conjugando interesse de 27 Estados-membros”, disse.
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