A Comissão Europeia anunciou hoje estar disponível para mobilizar recursos adicionais para auxiliar no combate ao incêndio na Madeira perante as “condições difíceis”.
O executivo da União Europeia afirmou, em comunicado, que está a “acompanhar de perto a situação” e que está “preparada para enviar recursos adicionais, se necessário”.
“A Comissão Europeia está a mobilizar apoio para Portugal na luta contra um incêndio florestal perto da Ribeira Brava, na Madeira. […] O sistema de emergência por satélite Copernicus foi também ativado para fornecer mapas às autoridades locais”, refere a instituição no comunicado.
Esta manhã, foi anunciado que os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à UE, no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam hoje à Madeira.
“Na sequência da ativação por Portugal do Mecanismo de Proteção Civil da UE ontem [quarta-feira] à noite, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da Comissão coordenou imediatamente o envio de dois aviões Canadair de combate a incêndios da rescEU [reserva estratégica da UE] que seguirão hoje de Espanha para Madeira”, refere a instituição na nota de imprensa, observando que “as aeronaves ajudarão as autoridades locais a combater os incêndios, prestando um apoio aéreo essencial em condições difíceis”.
Ao todo, a reserva estratégica da UE para a época de incêndios é composta por 28 aviões e quatro helicópteros colocados em 10 Estados-membros, havendo ainda mais de 560 bombeiros de 12 países foram pré-posicionados em toda a Europa.
A informação surge um dia depois de o Governo português ter anunciado que iria ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, no âmbito do qual existe uma reserva estratégica de meios, para que possam ser enviados dois aviões de combate a fogos Canadair para ajudar no combate ao incêndio que lavra há oito dias na Madeira.
O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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