BRUXELAS – A Comissão Europeia reiterou hoje que há meios de combate aos incêndios preposicionados no sul da Europa, nomeadamente em Portugal, e que a intervenção da proteção civil europeia depende de um pedido do Estado-membro.

Questionada sobre os incêndios no sul da Europa, a porta-voz do executivo comunitário Anna-Kaisa Itkonen referiu que Bruxelas ainda não recebeu qualquer pedido para ativação do mecanismo.

“Temos helicópteros e bombeiros preposicionados em França e países vizinhos, como Portugal, prontos para ajudar assim que houver pedidos”, disse Anna-Kaisa Itkonen.

Até agora, a União Europeia disponibilizou 22 aviões e cinco helicópteros para combater incêndios e estão destacados 670 bombeiros de vários países em Portugal, Espanha, França, Grécia e Itália, reforçando os contingentes nacionais.

Nesta época de incêndios, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil já ajudou no combate a incêndios na Grécia, Bulgária, Chipre, Macedónia do Norte, Bósnia-Herzegovina e Albânia.

Entretanto, um relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) rvela que um quarto dos incêndios rurais investigados este ano tiveram como origem o fogo posto e a área ardida até julho regista o terceiro valor mais elevado desde 2015.

O relatório provisório do ICNF, referente a 31 de julho dá conta que os incêndios investigados até àquela data tiveram como causas mais frequentes as queimas e queimadas (32%), seguido do “incendiarismo – imputáveis” (25%) e reacendimentos (8%).

De acordo com o relatório provisório, entre 01 de janeiro e 31 de julho deflagraram 4.758 incêndios rurais que resultaram em 33.224 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (15.545 ha), matos (13.704 ha) e agricultura (3.975 ha).

Em relação ao mesmo período do ano passado, as chamas consumiram cerca de sete vezes mais e os fogos aumentaram 85%.

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