Budapeste – O presidente cessante do Conselho Europeu disse hoje confiar que o antigo primeiro-ministro português António Costa, que lhe vai suceder em dezembro, seja “guardião da unidade” entre os Estados-membros, quando a União Europeia enfrenta desafios económicos e geopolíticos.
“Confio que António Costa – com a sua experiência, conhece muito bem todos os colegas, todos os 27 países – desempenhará um papel muito importante para garantir que o Conselho Europeu continue a ser o guardião da unidade europeia”, disse Charles Michel.
Falando em conferência de imprensa em Budapeste, no final de uma reunião informal do Conselho Europeu na qual se debateu a autonomia estratégica para a UE ser mais competitiva, o responsável belga apontou que “a unidade nunca é um dado adquirido”.
“Exige muito esforço, muita confiança, compreensão mútua e respeito mútuo, mas penso que o Conselho Europeu, que vê os mesmos desafios e compreende o que está em jogo, tem noção de que o mundo está diferente”, assinalou.
Charles Michel aludia à “pressão cada vez maior sobre o multilateralismo ou a ordem baseada em regras”, às “guerras e conflitos em todo o mundo, incluindo na vizinhança direta” e, ainda, ao “desafio da competitividade”.
António Costa, que fez parte do Conselho Europeu em representação de Portugal durante oito anos (período em que foi primeiro-ministro), conhece já alguns dos líderes da União Europeia (UE), mas pretende, no seu mandato de dois anos e meio à frente da instituição, encontrar pontos de convergência para compromissos entre os 27. (08 nov 2024)

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