BRUXELAS – O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou que Portugal “tem abertura” para considerar sanções contra elementos específicos do Governo israelita, se houver um “consenso europeu”, depois do apelo feito pelo chefe da diplomacia europeia.
“O Governo português, naturalmente, tem abertura para considerar isso”, disse Paulo Rangel, em Bruxelas, no âmbito de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).
O ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que a abertura do país a esta hipótese está circunscrita a elementos específicos do Governo de Benjamin Netanyahu, que tenham “cometido ações” ou tenham proferido “declarações lancinantes” que podem contribuir para exacerbar o clima de tensão no Médio Oriente.
Mas para ser considerado este regime de sanções é necessário um “consenso europeu” sobre o assunto, sublinhou Paulo Rangel.
“Estamos recetivos a isso, temos de ver em concreto as propostas, mas já há sanções, por exemplo, no caso dos colonatos na Cisjordânia, na margem ocidental, nessa parte do território palestiniano”, completou.

O alto representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, apelou ao bloco comunitário para “deixar de lado os tabus” sobre sanções a ministros israelitas que disseminam ódio e incentivam ataques “inaceitáveis”. (29/08/2024)

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